sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Entrevista Com O Vampiro

O título é fiel à película. Um jornalista (Christian Slater) ávido por um furo, entrevistando o vampiro Louis (Brad Pitt), conhece a história deste, de sua triste vida de viúvo abandonado à mansão, escravos e fartura, desejando a morte, e enquanto ela não chega, metendo o pé na jaca nos piores inferninhos do sul dos Estados Unidos. Quando é mordido por Lestat (Tom Cruise), este lhe oferece a "escolha" que diz nunca ter tido: morrer ou seguir a vida como chupador de sangue, e desgraçadamente condenado à vida eterna. Quanto às maneiras de se livrar de um vampiro (alho, crucifixos, madeiras estacadas no coração e etc.), Louis diz ser tudo uma bobagem inventada por um irlandês louco (se referindo ao bufão que conhecera tempos depois de ter recebido a "bênção" de Lestat, interpretado por Stehphen Rea).
Mas voltando ao começo: com Lestat, mantém uma relação de mestre e aprendiz. Louis perdeu sua vida, porém não seus nobres sentimentos humanos. Se recusa a sobreviver de sangue humano, preferindo o sangue de animais. Lestat é o típico dândi, escolhe como vítimas só belas mulheres (ou homens), sendo elas putas ou não, simples almofadinhas ou não. E faz troça do sofrimento de seu pupilo. Até o dia em que Louis, desenbestado pelas ruas de Paris, depois de expulso de sua mansão pelos escravos, em meio a uma praga sazonal, encontra uma menina recém abandonada pela família dizimada pela epidemia, Claudia (Kirsten Dunst). Ao oferecer ombro para a menina, não resiste e dela suga o sangue. Mas é Lestat que, vendo que o amante precisa de companhia, dá à garota a condição de vampira, fazendo dela filha e parceira fiel de Louis. Os dois planejam a morte de Lestat. Conseguem matar o vampíro. E, livres do rigor do mestre, vivem uma vida burguesa de pompa, circunstância e sangue nobre. Até que cruza no caminho de Louis um bufão, acompanhado do misterioso Armand (Antonio Banderas). Este dá a Louis um convite para o Theatre Des Vampires, diz ter sido o mestre que criou um monstro ao ensinar a Lestat tudo que este sabe, e o propõe uma parceria. Louis recusa. O séquito de Armand não gosta da idéia e trata de tentar exterminar a ele e Claudia. E o resto do filme eu não vou contar.
Baseado no livro de homônimo de Anne Rice, que roteirizou a produção, o filme é dirigido pelo irlandês Neil Jordan (Traídos Pelo Desejo), competente nesta imcubência. Com direção de arte esmerada, fotografia caprichada ao dar ao filme todo o clima sombrio que ele merece (já que vampiros são vulneráveis à luz do dia, né?), o filme não peca muito. Brad Pitt e Tom Cruise, galãs por excelência, duelam por uma atuação de vergonha, mas fica muito, mas muito claro, que quem sai dessa (com vergonha) é o desacreditado Tom, que, dizem as bocas pequenas, exigiu saltos para não parecer (muito) mais baixo que Brad. Embora a vida que ele dê a Lestat seja fiel ao dandismo afetado típico do século XIX, seu brilho é apagado, insosso, sem falar que ele arrasou na feiúra. Pelo menos isso, né, Tom? Porém, o resto do elenco faz o trabalho de não deixar a vontade de ver o filme "só pelo Tom Cruise" com considerável maestria.
Portanto não vejam o filme só pela estrela que antecede o título do filme. Prefire ver a amarga jornada de Brad Pitt em sua eterna luta pela humanidade.
Ah! Aos afeitos à saga "Crepúsculo": acho que esse filme não acrescenta nada. Melhor continuar acompanhando a série. Esse filme, creio eu, vai fazê-los "fugir da linha". 

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